segunda-feira, 9 de julho de 2007

Alinhando almas


Alinhando almas
Águida Hettwer

No remanso das madrugadas divagando, sobre a mesa papel timbrado,
Garimpando tesouros escondidos, paredes de enigmas a decifrar,
O amor se revela, no poema sombreado,
Perco-me bailando em emoções alheias que dilaceram a alma ao vislumbrar.

Diante da lágrima de cristal, sendo derramada,
As palavras se calam, dando lugar ao silêncio esmaecido,
Despindo a alma sob o véu translúcido da magia articulada,
Sou terra, água e fogo, elemento em pó desfalecido.

Relutâncias contra o tempo, frases estarrecidas na memória,
Perfume que extasia os sentidos, doces lembranças,
No verso que abraça o tema, paixões que alojam no peito em euforia.

Sonhos que por lá passaram, a rima que conta história,
Cantigas de amantes, palavras de dialeto único,
Desvendando segredos, no alinhamento perfeito do olhar.



09.07.2007

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