quarta-feira, 4 de julho de 2007

Alma viril



Alma viril
Águida Hettwer

Percorro as linhas, desvendando segredos, afugentando medos de um homem viril, traço marcado, coração perfurado, no silêncio do âmago.

Essência marcante penetrou de mansinho a semente do amor no solo do coração, argumento da sua inquietude, escrito com o calor da alma em chamas, ponto de interrogação, quando a pálpebra se fecha, desenho na mente o que se passa em meu ser.

Fragilidade, faces e máscaras, alma viril, sensibilidade no toque das mãos, envolve-me com tua magia.
Pássaro livre, prisioneiro das paixões sobrevoa os mares, no alto da montanha, repousa nos braços da alvorada.

No enlace da noite, revigora, vagueia sem saber onde parar, voz que cala e encanta palavras secretas, murmúrio ao pé do ouvido.

Desvendando anseios no misto de ternura, saboreando cada verso, bebendo o cálice do amor, lentamente na opacidade do luar.

Na imensidão do escuro, espreita a estrela do seu olhar, ecos gritantes na ilha de teu ser, alma viril.


19.12.2005

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