sábado, 14 de junho de 2008

Vidros-Fumê



Vidros-fumê
Águida Hettwer

O ranger das grades fechando-se
Enclausuram o silêncio na dor da saudade,
De mais uma noite que finda-se,
Vidros-fumê, ofuscando as luzes da cidade.


Absorvem pensamentos,
Num empório de letras,
Avesso a tempos de relógios,
Despertam num manancial de idéias.


Na poesia sem censura,
Como regressar de uma longa viagem,
De aprendizagem, enleia-se,
Por gosto de liberdade!


Um rio interior corre
Ao encontro de águas revoltas,
Assim o coração encontra-se,
Mesclado de dúvidas e certezas.


Quantas dores seguem a caminhada,
Murmúrios de uma história inacabada,
Uma errante nota abraça o mundo!
Indomável o pensamento, indagou o pranto...


A rima descortina um novo amanhecer,
Vou ali, em busca de onde o sol esconde-se!
Volto logo...
Closed!



22.05.2008

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